Realmente há coisas que estão logo ali e nós não vemos..
Estava eu no outro dia em Lepe, num sítio de respeitabilidade duvidosa a dar morangos a uma jovem de Leste quando, a certa altura e estando sentado no sofá com um whisky numa mão e com a outra a coçar o esquerdo e o queixo dela, notei que as florezinhas num vaso ao canto do quarto, se fartavam de abanar e pular feitas doidas, ainda que não houvesse vento aparente.
Decidi tirar as coisas a limpo, virei-me para a russa e disse: "psst, ó Natasha, vira-te lá de costas pró pai!" E ela assim fez. E eu aproveitei para humedecer o dedo - assim como quem prova chantilly com as mãos - e levantá-lo, a jeitos de marinheiro, só para confirmar que, de facto, não havia vento.
Assim, intrigado com a coisa, lá fustiguei aquela vulva comunista, dei uma olhadela ou duas às flores, apontei as conclusões num bloquinho de notas e segui para a pensión Corazón - próximo prostíbulo de acompanhamento a turistas incautos e a camionistas experientes e carinhosos do guia Michellin para o sul de Espanha.
E pronto, boquetes e botões e beijinhos à parte, cheguei mais tarde à conclusão que as flores conseguem ser tão fortes como as àrvores e, se quiserem, o vento não as consegue abanar. Na verdade, as flores deixam-se abanar porque são umas doidas, gostam é de sentir o vento caule acima, caule abaixo e de um bom esfreganço naquelas folhinhas verdinhas e maciazinhas e suavezinhas e bonitinhas e...
No fundo, são um pouco como as primas do pessoal lá do bairro onde cresci: são sempre as mais florezinhas que em descobrindo que afinal até gostam daquilo que é bom, depois são as maiores malucas e só querem é esfreganço. Mas isso é coisa que não vem ao caso agora. Eu logo vos conto essas histórias noutro dia.
Na verdade, as flores não são todas assim, também as há que não são umas badalhocas e que não gostam cá dessas frescuras. Nunca repararam que às vezes há uma ou outra flor que mesmo com vento não vacila? É dessas que eu falo, mas não se preocupem que não há muitas que sejam assim.
Não sei se já reparam que quando um Técnico Altamente Especializado e Formado na Arte/Ofício da Edificação de Edificios - vulgo, pedreiro ou TAEFAOEE - pergunta delicadamente a determinada transeunte: "oh flor, dá pra pôr?", os arbustos e flores ali à volta começam logo a agitar-se qual fustigadas por rabanadas de vento vinda do cerne dos pulmões de um Adamastor em dia mau? Na verdade são elas que, todas doidas com a conversa se põem logo a abanar, assim, a curtir milhões. Mas, se a rapariga começa com impropérios e gritinhos de pêga revoltada com tal galanteio - hão de reparar - vai-se logo o vento todo da zona (a menos, claro, que o haja mesmo e aí as flores da zona não estão de facto a ligar muito ao que se passa, estão só a curtir a delas) tão depressa quanto veio. A este tipo de atitudes chamam os americanos turn-off ou em tuga bem falado, tira-tesão. E sim, é por isso que as flores acalmam logo ali a ceta.
Portanto no fundo, o que se passa é que as flores são umas doidivanas e gostam é de um bom abanão de vez em quando. E é por isso que quando damos flores a uma gaja por cuja segurança estejamos preocupados a ponto de estar dispostos a cobrir a retaguarda sem pensar duas vezes, ela tenha tendência a querer, também, um bom abanão. Por abanão entenda-se sexo, claro. Mas tipo assim mesmo à bruta, contra a parede, em cima da máquina de lavar roupa, na varanda, na cadeira de rodas do irmão dela ou, simplesmente, na mesa da cozinha.
Por hoje fico por aqui. Eu depois logo publico um paper sobre a coisa, mais dirigido à comunidade científica. Pode ser que lhe ponham cola num dos rebordos para se puder enrolar e fumar.
Até lá, beijos e abraços à malta.
P.S.: Realmente agora que apercebi do carácter documental da coisa, consigo sentir de facto o que o nosso amigo Attenborough sentia quando andava lá no meio da natureza. Hum...tenho de levar o portátil e a placa de net marsupial para o meio das malvas e gravar uma reportagem in loco sobre o lindo fenómeno da natureza que agora vos descrevi. E depois tiro umas fotos bonitas com paisagens e elefantes e tigres e flores e vão ver como fica.
Estava eu no outro dia em Lepe, num sítio de respeitabilidade duvidosa a dar morangos a uma jovem de Leste quando, a certa altura e estando sentado no sofá com um whisky numa mão e com a outra a coçar o esquerdo e o queixo dela, notei que as florezinhas num vaso ao canto do quarto, se fartavam de abanar e pular feitas doidas, ainda que não houvesse vento aparente.
Decidi tirar as coisas a limpo, virei-me para a russa e disse: "psst, ó Natasha, vira-te lá de costas pró pai!" E ela assim fez. E eu aproveitei para humedecer o dedo - assim como quem prova chantilly com as mãos - e levantá-lo, a jeitos de marinheiro, só para confirmar que, de facto, não havia vento.
Assim, intrigado com a coisa, lá fustiguei aquela vulva comunista, dei uma olhadela ou duas às flores, apontei as conclusões num bloquinho de notas e segui para a pensión Corazón - próximo prostíbulo de acompanhamento a turistas incautos e a camionistas experientes e carinhosos do guia Michellin para o sul de Espanha.
E pronto, boquetes e botões e beijinhos à parte, cheguei mais tarde à conclusão que as flores conseguem ser tão fortes como as àrvores e, se quiserem, o vento não as consegue abanar. Na verdade, as flores deixam-se abanar porque são umas doidas, gostam é de sentir o vento caule acima, caule abaixo e de um bom esfreganço naquelas folhinhas verdinhas e maciazinhas e suavezinhas e bonitinhas e...
No fundo, são um pouco como as primas do pessoal lá do bairro onde cresci: são sempre as mais florezinhas que em descobrindo que afinal até gostam daquilo que é bom, depois são as maiores malucas e só querem é esfreganço. Mas isso é coisa que não vem ao caso agora. Eu logo vos conto essas histórias noutro dia.
Na verdade, as flores não são todas assim, também as há que não são umas badalhocas e que não gostam cá dessas frescuras. Nunca repararam que às vezes há uma ou outra flor que mesmo com vento não vacila? É dessas que eu falo, mas não se preocupem que não há muitas que sejam assim.
Não sei se já reparam que quando um Técnico Altamente Especializado e Formado na Arte/Ofício da Edificação de Edificios - vulgo, pedreiro ou TAEFAOEE - pergunta delicadamente a determinada transeunte: "oh flor, dá pra pôr?", os arbustos e flores ali à volta começam logo a agitar-se qual fustigadas por rabanadas de vento vinda do cerne dos pulmões de um Adamastor em dia mau? Na verdade são elas que, todas doidas com a conversa se põem logo a abanar, assim, a curtir milhões. Mas, se a rapariga começa com impropérios e gritinhos de pêga revoltada com tal galanteio - hão de reparar - vai-se logo o vento todo da zona (a menos, claro, que o haja mesmo e aí as flores da zona não estão de facto a ligar muito ao que se passa, estão só a curtir a delas) tão depressa quanto veio. A este tipo de atitudes chamam os americanos turn-off ou em tuga bem falado, tira-tesão. E sim, é por isso que as flores acalmam logo ali a ceta.
Portanto no fundo, o que se passa é que as flores são umas doidivanas e gostam é de um bom abanão de vez em quando. E é por isso que quando damos flores a uma gaja por cuja segurança estejamos preocupados a ponto de estar dispostos a cobrir a retaguarda sem pensar duas vezes, ela tenha tendência a querer, também, um bom abanão. Por abanão entenda-se sexo, claro. Mas tipo assim mesmo à bruta, contra a parede, em cima da máquina de lavar roupa, na varanda, na cadeira de rodas do irmão dela ou, simplesmente, na mesa da cozinha.
Por hoje fico por aqui. Eu depois logo publico um paper sobre a coisa, mais dirigido à comunidade científica. Pode ser que lhe ponham cola num dos rebordos para se puder enrolar e fumar.
Até lá, beijos e abraços à malta.
P.S.: Realmente agora que apercebi do carácter documental da coisa, consigo sentir de facto o que o nosso amigo Attenborough sentia quando andava lá no meio da natureza. Hum...tenho de levar o portátil e a placa de net marsupial para o meio das malvas e gravar uma reportagem in loco sobre o lindo fenómeno da natureza que agora vos descrevi. E depois tiro umas fotos bonitas com paisagens e elefantes e tigres e flores e vão ver como fica.
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